Conteúdo original e integridade da obra são apontados como caminho para a publicidade no RioContentMarket

As possibilidades que as novas tecnologias trouxeram para a publicidade foram esmiuçadas em debate no RioContentMarket nesta quarta-feira, 12. O foco da conversa foi a importância das marcas e agências pensarem cada vez mais na produção de conteúdo original e interessante que estimule o público a assistir por vontade própria. “É preciso fazer com que as marcas participem da vida das pessoas e isso é possível gerando conteúdo que gere valor cultural, que não seja vazio e sim surpreendente”, afirmou Gabriel Klein, sócio e diretor de criação da Vice Brasil, empresa líder em vídeos assistidos pela geração Y e que já trabalhou com Coca Cola, Ray Ban e Intel.

Felipe Simi, CEO da Pong Dynasty, apresentou o case que sua agência fez para a Heinz. A empresa estava para entrar no mercado de alimentos para bebês e a solução encontrada foi fazer um documentário sobre a nova geração de crianças que já nasce aprendendo a mexer com naturalidade nas novas tecnologias. “Conseguimos um enorme engajamento com um investimento pequeno. O conteúdo é relevante e as pessoas querem isso. Se você tem que pagar para assistirem, é publicidade e não vai gerar interesse”, disse Simi.

Outro aspecto ressaltado foi a importância de respeitar a originalidade dos artistas – roteiristas, diretores, produtores e atores – que irão gerar o conteúdo da marca. A Paramaker é uma agência especializada em parcerias com autores de vídeos online e Vanessa Oliveira, diretora de marketing da empresa, compartilhou uma experiência que ilustra esses casos: “Uma produtora de games encomendou um vídeo online de um de nossos parceiros. Saiu do jeito dele: cheio de palavrões e tiradas sarcásticas com a própria marca. A empresa adorou e o público também. Porque era original e a integridade do artista foi mantida. O público sabe a diferença e a internet não permite mais enrolação”.

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