Criador de Eyewitness (Øyevitne), Jarl Larsen comenta adaptações e razões para sucesso do formato

Responsável por escrever e dirigir os seis episódios da minissérie norueguesa Øyevitne (2014) – que ganhou versão norte-americana Eyewitness (2016), pela USA Network- JarlEmsell  Larsen foi keynote speaker de thriller/drama no RioContentMarket 2017. Além de apresentar os elementos principais da versão original, em seis episódios, também comentou algumas diferenças que vê na versão da NBC e também na adaptação da HBO europeia para a Romênia – ValeaMută / Valley ofSilence (2016).

Um dos aspectos mais marcantes da história, a relação de amizade que se revela amorosa entre os dois garotos protagonistas não era o enfoque principal do criador. “Não seria uma série sobre homossexualidade, mas virou um dos motores mais poderosos da história. O fato é que na Noruega esse não é um tabu tão grande, mas na Romênia sim”, explica Larsen. Dessa forma, a adaptação romena teve esse viés mais acentuado. Também noto que o  papel de Camilla (uma policial sob disfarce) foi diminuído em ambas as versões, talvez pelo fato de que, diferentemente da Noruega, existam muito menos mulheres desempenhando essa função nos Estados Unidos e na Romênia. Mas o fato é que se minha história irá virar algo diferente, devo aceitar as ofertas de mente aberta. Todos os países possuem um universo de regras não escritas, mas se as emoções tomam conta, então a história pode ser traduzida em qualquer lugar”.

Para o criador, essa é a força de Øyevitne. “É uma história de amor entre dois meninos. Uma história de carinho e pertencimento, sobre pessoas que inadvertidamente envolvem-se em um crime terrível”.Na opinião do diretor e roteirista, outro atrativo da minissérie é o seu encaixe em um subgênero que tem chamado atenção, o “noir nórdico”, que já rendeu sucessos como as histórias ‘The Girl withthe Dragon Tattoo’ e ‘The Snowman’, ambos romances adaptados para o cinema.

 

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