Games mobiles e aplicativos se tornam meio para agregar valor a conteúdo da TV

“O Brasil é um mercado de games promissor, que está prestes a explodir”, afirmou David Mata, gerente de projetos da consultoria Regan Mercantille, durante o debate sobre games mobiles e aplicativos no RioContentMarket nessa quinta-feira, 15.  Sandro Manfredini, diretor da Abragames e moderador da conversa, explicou que “uma plataforma ajuda a outra. A audiência migra de televisão para tablet e celular, e isso gera uma paixão ainda maior pela propriedade intelectual que se está trabalhando”. Atualmente no Brasil, mais de 60% das compras de aplicativos tanto para Android quanto para Apple são de games. Isso demonstra a força que esse tipo de mídia tem e as marcas tem percebido isso. “Quando uma empresa pensa em aplicativo, deve pensar em game. A série The Walking Dead lançou agora games para o iPad e conseguiram elevar ainda mais o valor da marca, que já tinha quadrinhos e série de TV. Os games são cada vez mais um meio de se agregar valor ao conteúdo exposto na TV ou cinema”, disse Carlos Estigarriba, sócio fundador da Right Zero. Artur Tilieri, especialista em mídias digitais do Cartoon Network, falou sobre a estratégia na produção de games em aplicativos e explica o motivo da empresa não ter medo de um meio atrapalhar o outro: “Encomendamos uma pesquisa e vimos que uma plataforma não tira audiência da outra. A criança que tem celular, iPad e TV consome mais de cada um dos três do que a criança que só tem TV”. Cada plataforma pede uma lógica diferente para cada game, abordou Daniel Trócoli, diretor de conteúdo da Click Jogos. “Jogos de computador podem ser mais completos e imersivos, pois a pessoa está sentada e geralmente com mais tempo. Para celular, tem que ser simples e rápido, pois a pessoa pode estar numa fila de banco, no ônibus, de pé”.

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