Em painel do RioContentMarket na manhã dessa quinta-feira, 9, as executivas Kelly Wright,  diretora da Divisão para América Latina da israelense Keshet International, e Mercedes Reincke, diretora de conteúdo da Telefé,  falaram sobre criação e adaptação de formatos em painel moderado pelo produtor Roberto D’Avila, da Moonshot Pictures. D’Avila perguntou a elas por que os formatos brasileiros não são consumidos pelo mercado internacional.

Na opinião das duas executivas, a grande questão é o acesso a mercados de língua inglesa. “É um país que compra muitos formatos, mas dentro de uns 10 anos, acho que teremos os formatos brasileiros viajando. É importante entrar no mercado de língua inglesa para ter alcance e reconhecimento. Também recomendo que os criadores façam parcerias com quem sabe vender formatos nos Estados Unidos”, contou.  Mercedes concordou e acha que a chave é mesmo o acesso ao mercado de língua inglesa. “Não é um problema de qualidade de conteúdo, talvez seja um problema comercial”, opinou a executiva da Telefé.

Elas falaram sobre cases de adaptação de formato, entre eles o programa ‘Elegidos’, uma adaptação de ‘Rising Star’, formato da Keshet que é sucesso mundial (no Brasil, ‘SuperStar’). “É importante pensar em tudo em conjunto, de A a Z: como produzir, como distribuir, como exibir”, diz Kelly, enfatizando que é preciso também ajudar o parceiro com suas estratégias digitais de promoção da atração. “Os espectadores têm a palavra final para identificarmos se uma adaptação de formato funcionou ou não”.

As executivas contaram que a  Telefé e a Keshet produzirão um formato chamado “Heart Beats”, um reality musical que tem como proposta encontrar um casal para formar uma dupla musical. “A ideia é usar a força dos aplicativos de relacionamento. Queremos misturar isso com música e a audiência ajudará a fazer os ‘matches’”, diz Mercedes, lembrando mais uma vez da importância das estratégias musicais para o sucesso do conteúdo de televisão.