A ANCINE realizou na última sexta-feira, 20 de abril, a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre Política de Atração de Produções e Coproduções Internacionais. O GT foi instituído a partir da resolução nº 6 de fevereiro de 2018, pelo Conselho Superior do Cinema, presidido pelo Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão.
Mauro Garcia, presidente-executivo da BRAVI, integra o grupo.
O diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, abriu o encontro falando das intenções da agência para a política pública do audiovisual. “É preciso pensarmos uma política internacional estruturada, com ações que tenham uma constância. O Brasil precisa ser mais competitivo internacionalmente, ainda exportamos pouco. Por isso, queremos que a ANCINE, em parceria com outros órgãos, atue de forma mais estratégica. Uma das ações possíveis é estimular as coproduções internacionais com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual”.
No primeiro encontro as ações atuais de coprodução no Brasil foram apresentadas e um panorama comparativo das políticas públicas de outros países. “A atuação da ANCINE no tocante a tratados de coprodução é subsidiária, uma vez que o Ministério das Relações Exteriores é o órgão do Poder Executivo que possui a competência para entabular negociações diplomáticas com vistas à assinatura de atos internacionais pelo governo brasileiro”, explicou Letícia Godinho, especialista da Assessoria Internacional da ANCINE.
O Brasil mantém acordos bilaterais de coprodução com Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Espanha, França, Índia, Israel, Itália, Portugal, Reino Unido e Venezuela. É também um dos signatários do “Acordo Latino-Americano de Coprodução Cinematográfica”, acordo multilateral, que abre a possibilidade de coproduzir com 23 países.
Há também o acordo assinado pelo Brasil com a China, que ainda não entrou em vigor, e os acordos em processo de negociação com a África do Sul, Nova Zelândia, Rússia e Bélgica francófona.
O GT conta com representantes da ANCINE, do Ministério da Cultura, do Ministério das Relações Exteriores; do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; além de quatro membros do Conselho Superior do Cinema (CSC) — Mauro Garcia é membro titular desse órgão. O prazo para finalizar os estudos e apresentar uma proposta ao Conselho vai até dezembro deste ano.
Fonte: ANCINE