Os filmes brasileiros “Bacurau” e “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” foram premiados no Festival de Cannes, na França, que terminou no último sábado, dia 25. As duas obras ressaltam o valor da produção independente brasileira e têm participação de produtoras associadas da BRAVI.

“Bacurau”, distribuído no Brasil pela Vitrine Filmes, levou o Prêmio do Júri, terceiro mais importante de Cannes, no sábado. É a primeira vez que um filme brasileiro conquista o troféu nessa categoria. Em seus discursos, os diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles falaram sobre a cultura brasileira.

“Trabalhamos para a cultura no Brasil e precisamos de seu apoio”, afirmou Mendonça. Já Dornelles dedicou a premiação a “todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil na ciência, educação e cultura”.

“Bacurau” fala sobre um pequeno povoado no sertão brasileiro, que vivencia uma tensão crescente após a morte de uma de suas moradoras mais queridas aos 94 anos. Sônia Braga faz parte do elenco.

Um Certo Olhar

Já o filme brasileiro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, da RT Features, sagrou-se vencedor da mostra Um Certo Olhar, na última sexta-feira. A mostra é uma competição paralela a Cannes, com o objetivo de exibir e celebrar obras com linguagem experimental.

O filme é dirigido pelo cearense Karim Aïnouz, e conta a história de duas irmãs cariocas que vivem em uma sociedade machista, na década de 1950. Fazem parte do elenco Fernanda Montenegro e Carol Duarte. O diretor também falou sobre cultura durante seu discurso. “Antes de qualquer coisa, é importante que este prêmio possa incentivar o futuro do cinema brasileiro, a diversidade da nossa cultura, para que tenhamos um Brasil melhor do que estamos vivendo agora”, afirmou.

Foto: Cartaz filmes ‘Bacurau’ e ‘A Vida Invisível de Eurídice Gusmão’ (Divulgação)