Tecnologia versus Conteúdo

A discussão sobre conteúdos digitais conjuga vários assuntos relevantes, entre eles regulação e desenvolvimento tecnológico. Na palestra ‘Exploração de obras em ambiente digital’, advogados, plataformas e agentes trouxeram à tona esse debate.

“Não podemos separar a tecnologia do conteúdo nessa discussão, é preciso entender que um depende do outro. Ao discutir regulação e a possibilidade de desenvolver audiovisual para o ambiente digital, temos que considerar amplitude de banda, terabytes, etc”, disse Fabio Lima, diretor executivo da agregadora SOFA Digital.

Lima chamou a atenção para a grande oportunidade existente no Brasil e na América Latina nesse sentido, já que a identidade cultural e linguística é mais homogênea, diferente da Europa, um continente multicultural e complexo que hoje se encontra obrigado a adotar um “mercado comum digital” para avançar no assunto.

Por sua vez, vários anos de debate sobre as tendências digitais têm dado importância a um aspecto fundamental: no Brasil, somente 55% da audiência consome TV linear através dos broadcasters. “Parece que vivemos mundos paralelos: os Estados Unidos, com uma avançada discussão sobre cord-cutting; e a América Latina, onde a audiência não tem nem cord para cortar”, comentou Maurício Fittipaldi, diretor-geral da Televisa Internacional Brasil.

Para Fittipaldi, é inquestionável que o futuro será digital, mas é preciso fazer melhores perguntas, tais como “quando?” e “a que velocidade?”. “Na verdade, o que a gente discute é a administração da migração e como os players tradicionais se adaptam a isso. Mas devemos estar atentos, porque pode acontecer como no caso da TV por assinatura, onde se esperava um aumento de penetração até 70% no país, mas surgiu uma nova tecnologia que derrubou essas expectativas”, salientou o executivo.

 

Categorias: Notícias Riocontentmarket.

Notícias relacionadas