TV Escola exibe minissérie histórica da Indiana Produções

A TV Escola vai exibir a partir de 18 de abril, às 22h, a minissérie ‘Anthony Knivet: um olhar aventureiro sobre a colonização do Brasil’, da Indiana Produções, associada BRAVI. Dividida em dois episódios de 26 minutos cada e um documentário de 52, a produção é inspirada no livro ‘As Incríveis Aventuras e Estranhos Infortúnios de Anthony Knivet’, uma mistura de diário de viagem e memórias do britânico que sai de seu país para dar a volta ao mundo e fazer fortuna, mas acaba capturado por portugueses e se torna escravo do governador Salvador Correia de Sá, no Rio de Janeiro.

Dirigido por Marco Altberg, presidente da BRAVI, o projeto foi selecionado a partir do concurso de minisséries documentais com o tema história do Brasil,  realizado em 2013 pela ACERP (Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto). Ambientada no final do século XVI, entre 1591 e 1600, a série fala sobre a presença dos ingleses no Brasil e mostra a relação entre portugueses e índios, os costumes, ritos e animais exóticos que Knivet viu em suas peregrinações. Após dez anos de tentativas frustradas de fuga, ele vai para Lisboa, acompanhando o governador Salvador de Sá, e de lá consegue escapar para Inglaterra, onde escreve seu relato.

A atração intercala depoimentos com cenas ficcionais, em que o ator Leonardo Pereira interpreta Anthony Knivet  rodou no Rio de Janeiro.  Para a parte documental, a equipe viajou para Londres, onde entrevistou a tradutora do livro, Vivien Kogut de Sá, professora da PUC-Rio e da Universidade de Essex, no Reino Unido. Também foram entrevistados no Brasil historiadores e pesquisadores, como Sheila Hue, organizadora e editora do livro, e também consultora do projeto, Laura de Mello e Souza, Ronaldo Vainfas e Carlos Fausto

Os depoimentos são ilustrados por iconografias e videografismos. Os fatos são narrados por uma locução em primeira pessoa e os personagens principais são vividos por atores. A realização dessa série para o público escolar jovem da TV Escola vai mostrar como a experiência do homem renascentista era radicalmente diferente da nossa. Que os ideais de igualdade e fraternidade, bem como a democracia e a tolerância, não existiam. As normas que nortearam a mentalidade repousavam sobre religião e as orientações políticas do rei. A ciência moderna ainda não existia, tornando possível para os europeus descrever fenômenos que escaparam a sua experiência e conhecimento de uma forma que parece uma fantasia hoje”, comenta Sheila Moura Hue.

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