“A Fábrica” vai rodar três projetos para o cinema e uma série de terror original para a TV em 2019

Além dos trabalhos para o cinema, A Fábrica continua investindo em projetos para a TV paga, como a nova temporada do “Vai Que Cola”, para o Multishow, e de “Homens São de Marte”, para o GNT. Entre os destaques, estão dois projetos grandes com empresas internacionais de OTT, sobre os quais Noronha ainda não deu demais detalhes. Há ainda uma série de comédia para a Warner e um terror para o Canal Brasil – este, descrito como uma série adaptada de contos e poemas de terror de Vinicius de Moraes com o nome de “Noturnos de Vinicius”.

Sobre o fato de ser um projeto diferente dos demais da produtora, em sua maioria de comédia, Noronha diz: “A maioria é comédia por acaso. No caso dessa produção, estávamos procurando materiais para adaptarmos diretamente de Vinicius – temos uma relação bacana com os curadores de sua obra – e encontramos esse conteúdo de terror. Não é nada ‘secreto’, tudo já foi publicado, mas pouco explorado. A maioria das pessoas o associa com histórias de amor, bossa nova, temática de praia e Rio de Janeiro.”. A série será composta por seis episódios, coproduzidos pelo Canal Brasil, e independentes entre si. A maioria é baseada em poemas e um ou dois em contos. “A intenção é entregar o projeto pronto este ano, mas ainda não definimos o cronograma com o canal.”, adianta Luiz.

A série d’A Fábrica surge dentro de um contexto em que o audiovisual brasileiro já se aventura mais no terror – projetos como o longa “As Boas Maneiras” ou a série “Terrores Urbanos” se revelaram bons exemplos no segmento. Mas, segundo o produtor, isso não foi proposital. “Queríamos adaptar Vinicius, o aspecto do terror apareceu de forma natural e nos pareceu uma ideia original.”, esclarece. “De qualquer forma, a onda do terror é muito bem vinda e, de certa forma, se encontra com a onda da comédia. Isso porque os dois gêneros não dependem de grandes investimentos em pós-produção e efeitos especiais, por exemplo. Não é necessário criar grandes universos. Enquanto a comédia precisa de bons comediantes e boas piadas, o terror depende de um bom texto e da criação do clima de suspense. No Brasil, precisamos nos apegar a gêneros possíveis de rodar aqui, como esses.”, completa.

De modo geral, Luiz avalia com otimismo o ano que está começando. “Estou confiante. Existe um contexto de recuperação econômica que deve favorecer a retomada, por exemplo, da construção de novas salas de cinema, que vinha num ritmo bom até 2015. Temos esse gargalo grave e essa perspectiva de melhora da economia nos anima.”, opina. “Tivemos muito problema de bilheteria de cinema nacional, mas os blockbusters norte-americanos continuaram levando 10 milhões ao cinema. Acredito que sejam fases. Não que façam filmes menos interessantes, mas às vezes passamos por essas ‘entressafras’ até percebermos o cansaço de determinado gênero ou fórmula. O ciclo do cinema é longo então até essa percepção impactar em obras novas leva um tempo. Acho que, a partir de 2019, teremos uma safra de produções mais ousadas e variadas, no sentido de correr riscos mesmo.”, conclui.

Fonte: Tela Viva

 

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