“Passar um mês sem fazer sexo ou um mês sem smartphone. O que você escolheria?”, foram as primeiras palavras que se ouviram quando Avi Armoza, CEO da companhia israelense Armoza Formats, colocou o trailer para começar a explicar o “Modelo Armoza” de desenvolvimento de formatos.
O formato em questão era The People’s Choice, um game show com um forte componente de interatividade através da votação do público via dispositivos móveis. “É um formato que transfere o ambiente das redes sociais para uma experiência de programa ao vivo. A interatividade chegou para ficar e deve ser integrada ao programa de televisão. É preciso encontrar o equilíbrio entre a atenção do público e o uso das novas tecnologias”, disse Armoza.
O executivo deixou claro que essa premissa não tem limites, e que pode ser aplicada nos diferentes gêneros televisivos, como é o caso do reality show The Frame. No show, vários casais são confinados 24/7 em suas casas na frente de uma câmera e devem competir entre si para ganhar a audiência do público, que pode assistir o que cada casal está fazendo pela internet. “Trata-se de conteúdo gerado pelo usuário. Cada casal ganha um canal de TV próprio sem interrupções”, aponta o executivo.
A estratégia de Armoza é simples, mas inteligente: é preciso olhar para os lados. Cada show da empresa integra algum elemento cotidiano e relevante dos tempos atuais com o qual os usuários possam se identificar e, ao mesmo tempo, protagonizar. Outros formatos apresentados pelo executivo incluem atividades atuais como o crowdfunding ou couchsurfingcombinados com sentimentos essenciais do ser humano, como a verdade e a honestidade.
“No negócio temos que ser inovadores. Para isso devemos assumir riscos. É a única forma de engajar as audiências jovens que já não veem televisão como a concebemos tradicionalmente”, concluiu Armoza.