Cao Hamburguer comenta carreira no RioContentMarket, e avalia obras como “Xingu” e “Pedro e Bianca”, de sua autoria

Alguns trabalhos do diretor Cao Hamburguer fazem parte da memória afetiva de muitos brasileiros. Castelo Ra-Tim-Bum, por exemplo, produção da primeira metade dos anos de 1990. Outros talvez se lembrem de Urbanoides (1991), série de animação veiculada pela TV Cultura.

 

Ao entrar no mundo dos longas-metragens, vieram filmes como “O Ano que Meus Pais Saíram de Férias” (2006) e “Xingu” (2012), produção que conta a história dos irmãos Villas Bôas em expedição com índios na Amazônia.

 

“Algumas tomadas que acabaram no filme têm aspecto documental – se recorda o diretor, mas os índios colaboraram com a ideia do filme de maneira incrível, até auxiliando no roteiro. Foi sem dúvida o trabalho mais difícil de fazer. Falar sobre o encontro de duas civilizações é uma tarefa enorme. Gostei até mais do trabalho que foi feito para adaptar o filme para televisão”. Na montagem para TV, foram utilizadas cenas adicionais. Além disso, ao ser veiculada em rede nacional, a obra alcançou 13 milhões de pessoas. Hamburguer não faz o balanço sem uma crítica. “Mas, no Brasil ninguém gosta de índio, existe um preconceito mortal, que está vivo”.

 

Ao comentar a série “Pedro e Bianca” ele afirmou o desejo de adaptar a série – que fala de um casal de irmãos – Pedro de pele branca, Bianca de pele negra – para formatos estrangeiros. “Acho que a série é pertinente em várias partes do mundo. Tratamos de questões sérias, mas com leveza”. Em conversa com a roteirista Flávia Lins, o diretor também expressou a vontade de voltar a trabalhar com animações, com foco no público adulto.

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