As entidades do setor de produção independente brasileira repudiam as propostas do ex-Secretário Especial de Cultura Roberto Alvim e exigem que a indústria audiovisual brasileira retome seu ciclo de desenvolvimento.
As entidades abaixo assinadas, representativas do Audiovisual Brasileiro Independente, vêm manifestar seu absoluto repúdio às propostas e declarações do agora ex-Secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, de caráter abertamente nazifascista, reveladora de uma visão irresponsável e preconceituosa da cultura.
Na esteira das sucessivas mudanças que vêm prejudicando o trabalho da Secretaria da Cultura em 2019 – inclusive e muito especialmente o da Secretaria do Audiovisual –, a indústria audiovisual brasileira não tem encontrado as condições necessárias para avançar no ritmo exigido por um mercado global cada vez mais ávido por produções audiovisuais, tão diversificadas quanto possível.
Pendências regulatórias paralisaram o setor, comprometendo a continuidade de um ciclo virtuoso de crescimento, diversificação e qualificação da produção audiovisual brasileira. Todos os segmentos da indústria audiovisual brasileira reclamam e exigem a retomada do caminho do desenvolvimento. São mais de 300 mil empregos em jogo, para não falar nos R$ 50 bilhões/ano de receita e da contribuição fundamental para a afirmação de nossa soberania cultural.
Que a pauta avance com a definição de nomes competentes para a Secretaria Especial de Cultura e para a diretoria colegiada da ANCINE. Com a contratação dos investimentos já selecionados pelo FSA, detalhamento das linhas do Fundo Setorial do Audiovisual pelo Comitê Gestor, a renovação da Lei do Audiovisual, e o urgente enquadramento regulatório do segmento de vídeo por demanda. Todas questões relevantes para a produção e inserção do Audiovisual Brasileiro no cenário global da cultura e do entretenimento.