RioContentMarket discute audiovisual

Players dos mais diversos setores do audiovisual estarão reunidos entre esta quarta-feira, 09, e a sexta-feira, 11, no RioContentMarket, evento que chega a sua sexta edição.

Realizado no Windsor Barra, no Rio de Janeiro, o encontro é organizado pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Televisão (ABPI-TV) há seis anos. Com uma série de painéis que discutem desde a criação de séries, a cases de marcas em ações de branded content, passando pela participação de grandes nomes internacionais da indústria e representantes de entidades do setor, o RCM deve reunir este ano mais de 3,5 mil pessoas de 32 países.

Entre as discussões que devem nortear muitos dos painéis está a questão da suspensão do Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) das Teles que teve uma movimentação positiva para o setor na última terça-feira, 08, quando o Superior Tribunal Federal (STF) derrubou a liminar que isentaria as empresas de telecomunicações do pagamento deste tributo. O presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine) Manoel Rangel será uma das atrações desta tarde em um painel no qual apresentará a agenda da entidade para 2016.

Mulheres

As mulheres foram tema de alguns dos painéis promovidos na manhã deta quarta-feira, 09. Em um deles, Melissa Rosenberg, roteirista, criadora e produtora executiva da série “Jessica Jones”, da Marvel e Netflix, foi a atração principal.

Melissa frisou que o objetivo de “Jessica Jones” foi criar um personagem interessante e não uma série sobre um super herói. “Nunca quis colocar o personagem como uma mulher que é uma heroína”, falou.

Sobre a forma como desenvolveu a ideia da série, ela disse que o importante foi saber de começo onde queria que cada personagem começasse e terminasse, algo que deve ser sempre seguido quando se escreve um trabalho neste formato. “Garantindo que os roteiristas tenham todas as informações para ir adiante com a história”, apontou. Ela também deu um conselho aos que estão começando. “Este negócio é sobre ouvir não o tempo todo, por isso alguns filmes levam 10, 12 anos para serem feitos. Tem que ter tenacidade, força, propósito e flexibilidade. Além do senso de humor”, concluiu.

Marcas

Na edição deste ano, as marcas ganharam ainda mais espaço na programação com uma sala dedicada a apresentação de cases de branded content neste primeiro dia. Entre os destaques esteve a campanha “Quem se Atreve” , ação da Nissan com foco no Revezamento da Tocha Olímpica. A iniciativa envolveu a Momentum Worldwide, a Vetor Zero, a Lew’Lara, InPress e parceiros de mídia como Sportv e Editora Abril.

Aproveitando que o Revezamento da Tocha irá tomar os mais diversos cantos do País entre maio e agosto, a marca, que é patrocinadora dos Jogos, aproveitou para ativar seu patrocínio com uma campanha que começou no ano passado. A ideia foi percorrer locais onde o símbolo olímpico passará para encontrar prováveis condutores. Para isso, o projeto contou com cinco equipes que incluíam um film maker, um fotografo e um jornalista que percorreram diversos locais do país para produzir 60 peças entre vídeos, matérias jornalísticas e ensaios fotográficos, além de adaptações com conteúdos complementares para Facebook e Twitter.

“Passamos em mais de 60 cidades, percorrendo mais de 20 mil km com câmera aberta, captando pessoas, estradas, carros e objetos”, explicou Rodrigo Coelho, da Momentum. Georgia Guerra Peixe, diretora que esteve a frente do projeto, conta que a ideia foi documentar brasileiros atrevidos para poderem carregar a Tocha, com histórias de vida que demonstrassem este sentimento como a do técnico de informática que comprou uma viola caipira e, como não gostou do instrumento, construiu o seu próprio tornando-se o maior luthier do país neste segmento. A escolha de “atrevidos” não foi a toa: o conceito trabalhado pela Nissan no País é “Quem se Atreve vai Além”. Coelho destacou ainda a importância da cocriação neste projeto. “Nada é de um. Tudo é de todos”, disse, ilustrando a importância de costurar a atuação de todas as empresas que participam de um projeto como este para que ele funcione plenamente.

Ao todo mais de 60 milhões de pessoas foram impactadas com a campanha “Quem se Atreve” em todos os meios. “Tivemos sete milhões de views só no online, sendo mais de dois milhões apenas no Facebook. É importante ressaltar o papel do Facebook. Principalmente para conteúdos em vídeo, ele foi fundamental”, concluiu.

Fonte: Meio&Mensagem