Liberdade de adaptação é fundamental no encontro entre o mercado editorial e audiovisual

O painel “Garimpo de Histórias”, parte da programação do RioContentMarket 2015, trouxe o debate sobre adaptações literárias com Lúcia Riff, fundadora da agência que leva seu sobrenome e, desde 1991, representa vários dos mais renomados escritores brasileiros como Luis Fernando Verissimo, Rubem Fonseca, Zuenir Ventura, Lya Luft e Antonio Prata; Gabriela Máximo, gerente de aquisição de obras literárias da TV Globo; e Ana Luiza Beraba, fundadora da Film2b, o primeiro bureau de licenciamento e desenvolvimento de conteúdo voltado para a indústria do entretenimento, totalmente baseado em adaptações literárias.

 

Lúcia apresentou alguns cases e disse que, incialmente, apenas atendia a demanda de produtores que procuravam obras para adaptar.  Agora já tem uma postura mais proativa, apresentando as obras ao mercado audiovisual. Dessa aproximação surgiram projetos como “A Casa das Sete Mulheres”, que virou série na TV Globo, e “Amor Veríssimo”, que virou atração do GNT.

 

Ana Luiza destacou que há muitas semelhanças entre o mercado editorial e o mercado audiovisual, mas eles não se comunicam. Foi com a proposta de aproximá-los que nasceu a Film2b. “A empresa se converteu em um núcleo de desenvolvimento. Só agenciamento não era viável”, observa Ana. Ela fez um levantamento avaliando o período entre 2001 a 2013 e destacou que há uma grande frequência de adaptações entre os filmes que fizeram mais de um milhão de espectadores. Entre os 50 filmes que mais levaram público ao cinema nesse intervalo, 28% são adaptações. No Top 5 são 40%. “Esse padrão se repete em toda a América Latina”, destacou Ana.

 

Gabriela Máximo enfatizou que a TV Globo está fazendo uma grande busca de conteúdo e autores. “Liberdade de adaptação é um ponto fundamental”, disse.

 

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