O reinado das séries procedimentais

Na manhã do último dia do RioContentMarket, Barry Schkolnick, o roteirista americano criador de Law & Order, revelou todos os segredos da produção de series procedimentais. Não sem antes agradecer à BRAVI por ter lhe comprado um guarda-roupa novo que a American Airlines perdeu no caminho.

O que é uma série procedural? O autor tentou explicar com alguns exemplos. “O que é que séries como Breaking BadHomeland e Mad Men têm em comum? Elas são todas ganhadoras de Globos de Ouro. E o que é que NCISCastle e Blue Bloods têm em comum? Elas estão entre as cinco primeiras produções mais lucrativas nos EUA”, comentou.

Assim, esses tipos de narrativa podem não ser as mais reconhecidas pela crítica, mas são “usualmente rentáveis”. O motivo: em uma hora de programação, a audiência consegue ver um crime e depois “como um herói de classe média lhes devolve o sentimento de que tudo pode ser consertado no mundo”.

Eis uma pista para criar um bom seriado procedimental. “Você precisa ter um personagem muito bom que arriscaria a sua vida e a sua família para fazer o trabalho. Se assim for, o público continuará assistindo semana a semana, porque confiará no personagem”, afirmou Schkolnick. Outro elemento crucial para o sucesso é o mistério, que em cada capítulo manterá a atenção da audiência, mas com a certeza de que tudo se resolverá no final.

Em termos de negócios, apesar de como as mudanças tecnológicas mudaram os conteúdos, o gênero mantém as suas vantagens. “No passado, se você não começava a ver um seriado desde o começo, você não fazia parte da audiência. Hoje, com o DVR e o Netflix, isso mudou. As histórias admitem novos espectadores independente do número do capítulo”, frisou.

O autor listou cerca de dez categorias diferentes de séries procedimentais, como as procedimentais diretas (Law & Order), as procedimentais médicas (Grey’s Anatomy) as comédias românticas procedimentais (BonesCastle) e as procedimentais baseadas no protagonista (House), entre outras.

No caso do Brasil, Schkolnick tem certeza de que é preciso aproveitar a diversidade e a riqueza do país para criar uma boa série procedimental. “Vocês têm grandes cidades, áreas rurais, florestas. Olhem para os lados até encontrar essa parte especial do Brasil que permitirá criar uma grande historia”, destacou o roteirista.

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