Para BNDES, o período de 2010 a 2020 será conhecido como a Era do Audiovisual

Agência de fomento tem orçamento de R$ 2 bilhões para investir no setor em 2014 por meio do Procult, que tem novas premissas para esse ano, como foco em inovação e desenvolvimento das empresas

Rio de Janeiro, 12 de março – Luciane Gorgulho, chefe do departamento de cultura, entretenimento e turismo do BNDES, participou do RioContentMarket evento realizado pela BRAVI, na manhã desta quarta-feira, 12, apresentando a profissionais do audiovisual os projetos da agência de fomento voltados ao desenvolvimento do setor, que vive um período bastante promissor. “O movimento que começou em 2010 e vai até 2020 vai ser a era do audiovisual”, afirmou, lembrando que o BNDES tem como desafio entender a dinâmica do setor e desenvolver mecanismos para que a área se desenvolva.

A agência de fomento apoia o setor audiovisual desde 1995, quando criou editais para a produção cinematográfica. Em 2006, o BNDES começou a apoiar o audiovisual como negócio. foi criado o Procult, crédito para a economia da cultura. No ano passado, o BNDES reformulou as propostas para o investimento no setor, com foco no desenvolvimento de todos os elos da cadeia produtiva e introdução de lógica de mercado nesse segmento da economia. “As leis de incentivo muitas vezes tiram o espírito empreendedor no setor”, observa Luciane, lembrando que as mudanças têm como objetivo estimular a busca por rentabilidade e introduzir maior profissionalização e governança.

O orçamento do Procult para 2014 é de R$ 2 bilhões. Tendo em vista essas premissas de desenvolvimento do setor, algumas mudanças foram feitas para o acesso aos recursos, com base em estudo conceitual e levantamento internacional. Entre as mudanças estão o investimento em inovação.  As produtoras audiovisuais devem possuir núcleo de pesquisa de mercado, pesquisa e desenvolvimento de personagens, marcas, formatos originais e desenvolvimento de conteúdos multiplataforma. Outro ponto de reformulação é o foco na carteira de projetos e plano de negócios das produtoras. “Tira-se o foco do financiamento do projeto e coloca-se o foco na empresa como um todo”, observa Luciane.

Luciane também destacou as metas do BNDES para o setor em 2020: ter produtoras brasileiras de grande porte, fortalecer programadoras e distribuidoras nacionais independentes e inverter a posição do Brasil, de 7º maior importador de produtos audiovisuais para o 7º maior exportador. “Temos competência e condições para isso”, disse.

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