Spcine busca equilíbrio entre público e qualidade

Alfredo Manevy, diretor-presidente da Spcine, recém-lançada empresa de cinema e audiovisual paulista, esteve no RioContentMarket apresentando as propostas para o primeiro ano de atuação. Em 2014, a Spcine começou a atuar em alguns pontos, criando, por exemplo, o programa de comercialização e distribuição e o programa de desenvolvimento de projetos. Para 2015, o orçamento da empresa é de R$ 65 milhões, com recursos vindos da Prefeitura de São Paulo (R$ 25 milhões), do Governo do Estado de São Paulo (R$ 25 milhões) e Ancine (R$ 15 milhões). “É preciso colocar as conquistas em um plano maior, acima das questões partidárias”, destaca Manevy.

A empresa tem um comitê consultivo do qual a Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (BRAVI) faz parte e se inspira muito no modelo do cinema argentino, caracterizado por produções relativamente baratas, mas de muita qualidade artística e capacidade de atração de público. “Se a gente conseguir promover o equilíbrio entre qualidade e público, será uma contribuição muito importante”, diz.

A Spcine já anunciou dois editais de R$ 20 milhões e deve anunciar um para a produção de TV com investimentos de R$ 10 milhões em maio. Manevy enfatizou que a empresa atuará para contribuir para o desenvolvimento econômico, atuando em gargalos sensíveis como infraestrutura, gastos altos, longos prazos e relação tensa com o dinheiro público.  A questão do acesso e da distribuição será também um dos eixos da empresa, que pretende usar estruturas do governo, como os CEUs, para levar a produção às periferias e atender pontos descobertos pelo mercado.

Foi firmado também um acordo com o Canada Media Fund e um edital deve ser anunciado em breve. Também será criado um laboratório em parceria com o Ministério das Comunicações, que receberá investimentos de R$ 7 milhões.

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