Telenews e Curta! apresentam série onde artistas negros, sucesso no Brasil e no exterior, são o destaque

A história da arte no Brasil (e a própria história do país) é cheia de contradições, silêncios e omissões. Muito se fala em Aleijadinho, Mestre Valentim, ou dos irmãos Artur e João Timótheo da Costa. Pouco ou nada se fala de suas origens negras. Muito se estuda e se publica sobre a Semana de Arte Moderna de 1922, e de como ela forjou uma identidade multicultural e moderna nas nossas artes. É verdade que foi somente a partir da Semana de
22 que a influência das culturas de matriz africana no Brasil mudou seu status: de vulgares e primitivas elas passaram a ser exaltadas como genuínas e enriquecedoras. Mas quem estabelecia ou julgava isto continuava sendo a elite branca. Artistas negros trabalhando e discutindo a questão de ser negro no Brasil é fato muito recente, quase uma novidade. E é isso que poderá ser visto na série “Raiz – arte afro-brasileira contemporânea”, produzida pela
Telenews, com exibição prevista ainda em 2025 pelo Canal Curta!

Com direção e roteiro de Fabiano Maciel, curadoria de Rosana Paulino e produção executiva de Leonardo Dourado, a série é composta por 20 episódios e foi gravada nas cidades de São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Diamantina, Brasília e Goiânia.

A série apresenta a vida e a obra de 19 artistas: Eustáquio Neves, Helô Sanvoy, Priscila Rezende, Renata Felinto, No Martins, Jaime Lauriano, Aline Motta, Charlene Bicalho, Rebeca Carapíá, Juliana dos Santos, Ayrson Heraclito, Moisés Patricio, Antonio Obá, Tiago Sant’Ana, Augusto Leal, Dalton Paula, Paulo Nazareth, Panmela Castro, Rosana Paulino.

Rosana Paulino, curadora da série, é doutora em artes visuais pela USP (Universidade de São Paulo). com especialização em gravura pelo London Print Studio da Inglaterra. Professora com uma carreira de 30 anos, fez residência artística no Centro Bellagio da Fundação Rockefeller na Itália e foi a primeira pessoa negra a inaugurar uma mostra individual no Malba, Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires. Ela é considerada conselheira de várias gerações de artistas.

O diretor Fabiano Maciel já dirigiu e roteirizou seis longas documentais e em 2025 lança mais um, “Quando o Brasil era moderno”. Seu documentário “Oscar Niemeyer, a vida é um sopro”, lançado em 2007, foi exibido no Brasil e outros 50 países. Em 2022 fez a série “Transamazônica, uma
Estrada para o Passado”, codirigida com Jorge Bodanzky e exibida no canal HBO.

Leonardo Dourado produziu com o diretor os premiados “Vaidade, Carrapateira não tem mais ciúmes da Apolo 11” e coproduziu com TV Zero e Canal Brasil e “Sambalanço, a bossa que dança”.

A direção de fotografia é de Reynaldo Zangrandi e o time conta ainda com os talentos de Markito Felinto na criação da trilha sonora e Daniel Brito, designer e criador da logomarca da série com atuação destacada em eventos de temática afro-brasileira.

Categorias: Notícias Notícias Dos Associados.

Notícias relacionadas