Três estratégias digitais particulares

O painel de plataformas digitais no segundo dia do RioContentMarket permitiu que os participantes se aproximem de modelos diversos para um setor que está em constante busca por estratégias de negócios.

O primeiro modelo apresentado foi o da PlayKids, plataforma de conteúdo infantil com DNA brasileiro, que começou como um projeto da incubadora da Unicamp e que hoje está disponível em 100 países e em sete idiomas diferentes.

“Através da lei de conteúdo nacional conseguimos levar para o exterior o conteúdo que os grandes canais, pelas suas limitações de grade, não consideravam e com isso criamos mercado”, disse Danilo Agrella, gestor de Licenciamento e Distribuição de Conteúdo da PlayKids. Assim, a plataforma, que adota um modelo de SVOD e freemium, se posiciona em um ponto médio entre a TV linear e o YouTube.

Luiz Bannitz, diretor de Conteúdo e Negócios da Looke, explicou que a plataforma integra várias modalidades de monetização, como assinatura (SVOD), transacional (TVOD), compra (EST) e gratuidade, como forma de atingir maior capilaridade no mercado. “Achamos importante manter o transacional e compra para conteúdos mais recentes, e oferecemos um acervo diferenciado de SVOD com música, conteúdo nacional e regional, curtas, etc.”, disse o executivo.

Assim como o PlayKids, o serviço está disponível em iOS, Android, Windows 10, PlayStation, inclusive off-line, e conta com streaming adaptativo por causa da oscilação de banda larga existente no Brasil. “Não é o nosso objetivo concorrer com os ‘grandes’. Queremos que o usuário assine o Looke de forma não exclusiva e mais complementar”, comentou Bannitz.

Por último, o modelo mais radical: o Mubi, cujo lema é: “A vida é curta demais para filmes ruins”. A plataforma baseia a sua oferta em uma seleção de filmes de culto e festivais, feita com a curadoria de sua equipe de programação. “Cinco anos atrás tomamos a decisão radical de fazer um modelo muito diferente: lançar um filme por dia, que ficaria disponível por 30 dias”, disse Quentin Carbonell, diretor de Aquisições. Desta forma, a plataforma oferece visibilidade para conteúdos que de outra maneiranunca poderiam ser veiculados.

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