“O BNDES continuará sendo um grande parceiro do audiovisual brasileiro, promovendo o funding necessário”, afirmou Luciane Gorgulho, Chefe do Departamento de Economia da Cultura do Banco, durante sua apresentação no primeiro dia do RioContentMarket. Entre 2006 e 2015, o apoio direto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social foi de R$ 726 milhões, aproximadamente 25% do total aprovado para a economia brasileira. O dinheiro foi destinado a exibidores, produtores e também para a infraestrutura de salas de cinema, por exemplo.

Para se ter uma ideia, 770 salas de cinema foram digitalizadas e, nesse período, 40% de novas salas construídas, colocando o Brasil novamente no padrão internacional. “Criamos diversos instrumentos de crédito para ajudar a promover a indústria audiovisual, que está em plena evolução”, disse Gorgulho.

A executiva também revelou resultados positivos do Programa de Financiamento Procult, que já liberou R$ 128 milhões para 45 produções nacionais. Esta linha especial de crédito, criada em 2006, tem permitido atender empresas de pequeno porte, respondendo por cerca de 73% do desembolso do BNDES para as MPME. Dentre os benefícios do modelo de financiamento do Procult, cujo valor mínimo é de R$ 1 milhão, estão a flexibilização das regras de risco, com até 10 anos para pagar e quatro anos de carência.

O segmento de games eletrônicos também tem chamado a atenção do banco, inclusive com apoio para um grande estudo sobre esse nicho de mercado no país. “Cerca de 36% dos jogos são para entretenimento e temos grande potencial para ser um polo de desenvolvimento de games”, afirmou Gorgulho.