Criador de ‘Gravity Falls’ defendeu uma animação serializada e pessoal

Alex Hirsch ainda estudava na universidade quando a Disney o procurou e disse: “Gostamos dos filmes que você faz. Queremos que venha fazer outros”. E foi assim que ele começou a desenvolver ‘Gravity Falls’. Hirsch abriu o último dia de atividades do RioContentMarket compartilhando com os participantes os primeiros desenhos (que ele avaliou como “muito feios”) que fez utilizando post-its para criar a história. “As ideias são grátis. Uma ideia boa tem o mesmo preço que uma ruim. Na criação, não precisa fazer algo tecnicamente complexo; desenhos simples e horríveis como estes podem comunicar a essência da ideia”, disse.

Na criação de conteúdo infantil, segundo Hirsch, a grande pergunta é: como saber se um conteúdo feito por um adulto é bom para as crianças? “Eu decidi ignorar todas as pesquisas de tendência e números de laboratório, porque não podia me basear em algo que não podia comprovar. Decidi pensar na minha própria infância e fazer algo que eu mesmo gostaria de ver”, explicou Hirsch. Para o criador, o elemento pessoal é chave do entorno, a animação, onde tudo é possível. “O episódio não está completo se a história não estiver imbuída das pequenas lembranças da infância. Sem algo de pessoal do autor, os personagens estão condenados a ficar perambulando pela história para encher o espaço da TV”, salientou.

É por isso que, mesmo sem tantos antecedentes no mercado, desde o início Hirsch esteve determinado a que ‘Gravity Falls’ fosse um produto serializado. “‘Adventure Time’ ainda não existia e eu li todos os livros de Harry Potter. Se você podia fazer séries para live action, por que não para animação? Não existe motivo para colocar esse tipo de barreiras nas diferentes mídias”, ele disse.

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