Em ‘Skam’, redes sociais foram usadas como ferramenta de divulgação e storytelling

Julie Andem e Mari Magnus, criadoras da série norueguesa ‘Skam’, que conquistou a audiência jovem mundo afora, participaram do Mediamorfosis na tarde desse sábado, 16. Elas contaram como desenvolveram o projeto, que é um mix de blog e série dramática e usaram as redes sociais para promovê-la e engajar a audiência, chegando a um público muito maior do que o original: garotas norueguesas de 16 anos, que formam um grupo de aproximadamente 30 mil pessoas. No Brasil, a série tem um portal com mais de 86 mil fãs. A atração é um sucesso na China e chegou aos trending topics do Twittter. “Não esperávamos algo tão grande”, diz Mari. “Para nós as redes sociais são uma ferramenta de divulgação e storytelling”.

‘Skam’ teve quatro temporadas em dois anos. A série era exibida em um site, mas não tinha dias, horários e tamanho fixos. Se a história se passava às 18h30 de uma sexta-feira, por exemplo, era nesse dia e horário que o clipe entrava na Internet e as interações entre os personagens (cada um tinha suas redes sociais) também funcionavam conforme o desenrolar da história. A audiência ainda tinha a possibilidade de assistir à série como um programa de televisão tradicional, exibido às sextas-feiras na NRK, TV pública norueguesa. Ainda asism, não se tratava de uma atração comum porque a duração dos episódios editados para a televisão não eram os mesmos, o que exigia adaptações da grade de programação do canal. “A exibição na TV funcionava mais como uma estratégia de promoção”, destacou Julie.

Um dos aprendizados do projeto, segundo Mari, a necessidade de interaçao com a audiência é fundamental. Outros conselhos compartilhados pelas autoras foram: Faça perguntas e ouça o seu target, leve-o a sério. Pergunte do que eles precisam. O que você pode dar para eles. Adapte-se aos hábitos da audiência, deseje aprender e tenha ótimos personagens e ótimas histórias.

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