Levantamento apresentado no Espaço Sistema FIRJAN, durante o RioContentMarket, informa que o uso de uma segunda tela já é realidade em um terço dos lares brasileiros.
A pesquisa ‘Novos hábitos de consumo em novas mídias’, elaborada pela empresa DataScript, aponta que 30% dos brasileiros que assistem TV ficam de olho também numa segunda tela – no celular ou no computador. Mais ainda: para 60% dos usuários de redes sociais, o YouTube é hoje uma TV.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (9/3) pelo pesquisador e publicitário Guto Graça a um grupo de produtores ligados ao Sindicato da Indústria Audiovisual (Sicav) no Espaço Sistema FIRJAN, dentro do RioContentMarket. Para Guto Graça, não existe influenciador digital e, sim, apenas influenciador. “A internet promoveu uma revolução e uma democratização dos meios de produção de conteúdo e de informação. Hoje, todos têm voz. Só mudou o meio de divulgação, tornando mais acessível para todos. Há muitos blogueiros e alguns vão continuar falando apenas para seus públicos e outros vão fazer um transmídia, usando as novas tecnologias que surgirem”, aponta o pesquisador.
Para o levantamento atual, o painel DataScript Telespectador Consumidor ouviu dois mil entrevistados, mapeou seis mil perfis heavy users de rede sociais, promoveu oito grupos de discussão no Rio e em São Paulo, além de 50 entrevistas de profundidade. Conforme o estudo, 70% dos telespectadores aprovam a programação de TV produzida no país e 60% gostariam de ver mais conteúdo nacional.
“Há uma grande oportunidade pela frente para os produtores nacionais. A questão é saber como o consumidor quer assistir a essas produções. Hoje, 15% têm o hábito de assistir à TV programada. Ou seja, eles assistem quando querem e no meio que preferem”, alerta Guto Graça.
Com a nova forma de ver TV, destaca o publicitário, o consumidor adquiriu novos hábitos. Segundo Guto Graça, se um programa está morno, 30% dos telespectadores recorrem às redes sociais. “A internet também é utilizada por 15% das pessoas durante o intervalo de um programa de televisão”, afirma o pesquisador.