Presidente do CNC, agência reguladora audiovisual francesa, comenta políticas de fomento

Frédérique Bredin, presidente do CNC – Centre National Du Cinéma et de l’Image Animée falou aos participantes do RioContentMarket antes da assinatura do protocolo entre o órgão francês e a Ancine. “O CNC é a instituição-irmã da Ancine na França. Os dois países agirão em nome de certos valores que compartilham, e a dimensão do acordo é muito simbólica”.

Após os anos 80, com a chegada da televisão privada na França, o CNC criou fundos de apoio à produção nacional e, de acordo com as mudanças tecnológicas, passou a criar políticas fiscais para outras plataformas como internet, aplicativos móveis e mercados como a publicidade. “O CNC não tem medo da globalização e das revoluções tecnológicas”. Ela explica que cada mercado de atuação deve contribuir com impostos para sustentar criações futuras.

Um dos principais mecanismos de captação para a produção audiovisual francesa é um auxílio financeiro ao produtor, montante que se torna atrelado à sua próxima criação. Na França, a regulamentação exige que ao menos 60% da programação seja composta de produtos franceses ou europeus. Mas, apesar de existirem diversos acordos para cinema entre Brasil e França, a produção audiovisual carece de incentivos. “Não há acordos e os sistemas são pouco compatíveis. Por isso, há três anos Ancine e CNC efetuaram um pedido para que os ministérios de Relações Exteriores revisassem as regras.

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