Realidade virtual e seu poder de imersão são nova fronteira para a produção audiovisual

As possibilidades de experimento e criação com mundos em realidades virtuais foram exploradas em debate mediado pelo roteirista e diretor Tadeu Jungle, no painel que recebeu  Marcos Ferreira (Mob Content), Rawlinson Terrabuio (Beenoculus) e Ricardo Justus (Rede Record).

“Já temos implantes que podem fazer com que uma pessoa sem audição use um colete que a faça ouvir pelas costas, com sensores que trabalham com a substituição sensorial. A ideia da realidade virtual segue esse caminho, fazendo com que possamos ouvir e ver pelos olhos e ouvidos de outra pessoa, no caso um diretor de cinema, ou um cirurgião ou jurista, para produtos educativos. Esse tipo de tecnologia proporciona uma memória direta e efetiva no aprendizado”, exemplificou Terrabuio.

A possibilidade de explorar o “Rio de Janeiro de antigamente” foi um dos projetos da Mob Content apresentados por Ferreira. Para ele, a realidade virtual acessível através de smartphones, principalmente no Brasil, é um mercado que deve ser considerado. “Somente a linguagem ainda é um desafio. Como vamos atrair atenção do usuário para onde está a narrativa, se ele puder se mover livremente pela cena? Talvez um diretor de teatro, que pense no espaço da cena em 360º seja o artista mais indicado para essa linguagem. Mas temos nas mãos, agora, as necessidades tecnológicas que nos impediam anteriormente, como internet móvel em alta velocidade, equipamentos menores com alto poder de processamento e ferramentas de financiamento coletivo”. Para ele, no país, as operadoras de telecomunicação vão desempenhar forte papel nesse novo veículo.

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