A Agência Nacional do Cinema – ANCINE e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE apresentaram na última segunda-feira, 28, em Porto Alegre, um balanço das ações do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A cerimônia foi presidida pelo diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel e pelo diretor-presidente do BRDE, Odacir Klein, no Auditório do Banco.
Durante o evento foi lançada a quarta edição do edital que investe em projetos de longa-metragem com foco em linguagem inovadora e relevância artística. A Chamada Pública PRODECINE 05/2016 disponibiliza R$ 30 milhões, em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), para projetos de longa-metragem de ficção, animação e documentário, respeitando indutores regionais para destinar no mínimo 30% dos recursos a projetos audiovisuais de produtoras independentes localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e no mínimo 10% para projetos de produtoras independentes da região Sul ou dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
As inscrições começam no dia 1º de dezembro e vão até as 18h do dia 23 de janeiro de 2017. Nas três primeiras chamadas públicas dessa linha, 55 longas-metragens já foram contemplados.
Balanço do Fundo Setorial do Audiovisual
A partir do lançamento do Programa Brasil de Todas as Telas, em 2014, o volume das operações do FSA teve um salto exponencial no número de projetos inscritos, selecionados e contratados. No segundo ano do Programa, 2015, o número de projetos selecionados triplicou em relação ao primeiro ano, atingindo a marca de 689 projetos.
Até outubro deste ano, com os recursos do Fundo já se investiu em 486 longas-metragens, 476 séries ou telefilmes, no desenvolvimento de 371 projetos e de 69 núcleos criativos em todas as regiões do país.
Em sua apresentação, Manoel Rangel demonstrou como a distribuição dos investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual ficou mais equilibrada entre as regiões do país após o lançamento do Programa Brasil de Todas as Telas. Os dados revelam que a estratégia de estímulo à desconcentração regional da produção proporcionou um crescimento substancial na participação de projetos das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul entre o total de selecionados pelo Fundo.
“A gestão compartilhada do financiamento tornou-se indispensável para a viabilidade operacional. O mercado audiovisual exige ações complexas e diversificadas dirigidas às suas várias atividades. Passamos a apoiar os diversos formatos audiovisuais, investimos no desenvolvimento de projetos, ampliamos os espaços para circulação de conteúdos independentes, estimulamos o mercado de licenças e fortalecemos as grades de programação da TV Paga e das TVs Públicas”, avalia Manoel.