A Prefeitura de São Paulo lançou em junho uma consulta pública do “Programa de Atração de Filmagens à Cidade de São Paulo”. A iniciativa é uma parceria da Secretaria Municipal de Cultura e da Spcine e conta com recursos da Secretaria Municipal de Turismo, por se tratar de uma ação de promoção da cidade.
O objetivo deste edital é promover a cidade de São Paulo a partir da seleção e apoio financeiro, via cash rebate (reembolso), para produções nacionais e internacionais que escolham a cidade como cenário. É uma iniciativa pioneira no Brasil, que existe em outros 97 países, como Portugal, México, Estados Unidos, Colômbia e Estados Unidos.
O programa de atração paulistano é o primeiro a apresentar uma cláusula sobre impacto de pandemias, com o intuito de proteger empregos de produções que são afetadas com paralisações. “Fizemos questão de inserir em nosso edital a possibilidade de prorrogação e de manter o pagamento de técnicos e profissionais envolvidos. Para isso, temos um adicional de 5% no montante de reembolso que ela receberia através do programa”, explica Flávia Gonzaga, coordenadora da São Paulo Film Commission.
Além disso, o programa valoriza a presença de profissionais negros e mulheres em posição de comando. “Produções que tiverem pessoas negras, indígenas e trans contratadas em posições de chefia, ou em posições de ator e atriz também, além da temática de diversidade, também recebem ponto adicional no cálculo de porcentagem de reembolso”, afirma Flávia.
A diversidade de São Paulo atrai muitos produtores, e os principais motivos são a diversidade arquitetônica e o cenário audiovisual rico, incluindo a diversidade de pessoas para roteiros e castings, além da ótima infraestrutura e qualidade dos serviços e profissionais. A cidade representa 25% da participação brasileira no mercado de filmes e conta com a segunda maior Film Commission da América Latina.
Desde 2016, aproximadamente 4 mil obras audiovisuais foram rodadas em São Paulo, contribuindo para a geração de mais de 87 mil postos de trabalho e uma movimentação financeira de pelo menos R$ 1,7 bilhão em orçamentos declarados.
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