Globo, Futura e Globo filmes falam da diversidade de parcerias e modelos de negócio
Executivos de canais de televisão falaram no RioContentMarket na manhã desta sexta-feira, 14, sobre a busca da pluralidade nas relações com produtores independentes. Guilherme Bokel, diretor executivo de entretenimento multiplataforma da TV Globo, explicou sobre a área de projetos multiplataforma da emissora, que vem sendo desenvolvida há cinco meses e é totalmente focada no desenvolvimento de gêneros, formatos e linguagens, para o GShow e plataformas dos canais da Globosat, especialmente para Multishow e GNT no primeiro momento.
Todos os conteúdos dessa área serão desenvolvidos exclusivamente em parceria com a produção independente, seja com a produtora proponente do projeto, quando ele vier de fora, ou com uma produtora escolhida pela TV Globo, quando o projeto surgir internamente. “É uma forma de fomentar a indústria e, além disso, dentro da Globo, o mindset é diferente do que pensamos fazer para esse mercado”, diz. Inicialmente, os projetos serão financiados com recursos próprios do canal. Já há um primeiro projeto em desenvolvimento para o GNT, de autor e produtora gaúchos.
O diretor executivo da Globo Filmes, Edson Pimentel, também afirmou que a pluralidade de produtoras é bastante interessante para o cinema e que a ideia dentro da Globo Filmes é enxergar o cinema brasileiro com a capacidade de estar presente em multiplataformas. Pimentel explicou que o braço destinado ao cinema da empresa tem se inspirado na TV para introduzir o merchandising nos filmes.
Débora Garcia, gerente de conteúdo e mídias digitais do Canal Futura, apresentou os projetos da emissora para 2014 que têm como foco a Copa do Mundo: “Copinha”, feito a partir de desenhos de crianças que participaram de um concurso via redes sociais do canal; “Copa na Escola”, voltado para professores do ensino fundamental, focado na alfabetização; e “Lugar de Mulher É no Gramado” – cujo nome é autoexplicativo. Os programas serviram para ilustrar os diferentes tipos de parcerias possíveis entre o Futura e as produtoras independentes. “Trabalhamos também eu um sistema de coprodução em que a produtora nos apresenta o projeto e, se a ideia for boa, a gente banca, com uma divisão percentual de 49/51, sendo a maior parte para a produtora, o que inclui eventuais licenciamentos que possam surgir”, destacou Debora. A gerente ainda comemorou no RioContentMarket o aumento no número de assinantes do canal que, segundo pesquisa recente do instituto Datafolha, passou de 40 milhões para 46 milhões de pessoas que assistem ao Futura frequentemente.