Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual aprova plano anual de investimentos 2017

Em reunião realizada na última semana, o Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual aprovou o Plano Anual de Investimento de 2017, que estabelece as ações financeiras do FSA.

O Comitê decidiu por manter todas as linhas de investimento e crédito do FSA que compõem o Programa Brasil de Todas as Telas, garantindo continuidade às políticas de financiamento do setor.  O valor aprovado soma R$ 748,75 milhões.

Essa decisão permitirá a implementação das ações previstas no Calendário Bianual de Financiamento da ANCINE. Desta forma, serão replicadas nos próximos meses as ações financeiras destinadas ao desenvolvimento de projetos, o forte investimento em produção de filmes e séries para cinema e TV e o desenvolvimento e produção de jogos eletrônicos, as iniciativas de parceria regional do FSA com governos estaduais e municipais, o apoio financeiro à produção independente para as TVs públicas, universitárias e comunitárias, os investimentos em distribuição de filmes brasileiros, ações de capacitação e formação técnica e o crédito para a expansão do parque exibidor de cinema.

O Plano Anual de Investimento traz quatro novidades principais a serem implementadas. Foram aprovados recursos para preservação digital de obras audiovisuais a ser executada pela Cinemateca Brasileira e pela Secretaria do Audiovisual. Foi prevista também uma nova linha de crédito descentralizada destinada à construção e modernização de salas de cinema, que deve focalizar especialmente as operações de pequenos e médios exibidores. Também dirigida aos pequenos exibidores e à visibilidade dos filmes brasileiros, foi definida uma ação financeira de estímulo à diversidade nos cinemas. E, finalmente, será lançada uma chamada específica para a coprodução internacional para televisão.

Algumas das linhas tiveram valores ampliados. Os destaques são o sistema de suporte automático e a produção de longas-metragens. A linha de suporte automático baseada no desempenho comercial das empresas foi elevada de R$80 milhões para R$100 milhões. E a de desempenho artístico foi duplicada para R$20 milhões, repercutindo o prestígio e o forte movimento de inserção internacional das obras brasileiras no último ano. Já as diversas linhas com investimentos específicos em produção de longas terão garantidos R$180 milhões no próximo período, com destaque para a ampliação do valor destinado à produção de filmes de linguagem inovadora e relevância artística (PRODECINE 5) de R$30 milhões para R$40 milhões.

Esses e outros investimentos do FSA têm como regra geral destinar ao menos 30% dos recursos para projetos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, conforme determina a Lei 12.485, o marco legal da TV por assinatura. Também reserva o investimento mínimo de 10% dos recursos a projetos do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Mas, além disso, a ANCINE tem firmado parcerias com os governos e as TVs públicas, viabilizando uma dinâmica de crescimento espalhado por todo o país. Essas iniciativas têm R$ 130 milhões previstos para 2017, além dos recursos ainda em execução.

Seguem valendo os investimentos no desenvolvimento de projetos e na incubação e renovação de núcleos criativos, assim como os investimentos maciços em séries para televisão e a segunda edição da chamada para o desenvolvimento de jogos eletrônicos.

Veja o Plano de Investimento de 2017 completo aqui.

Foi também aprovado a inclusão de projetos de longa-metragem de documentário como elegíveis para investimento do FSA na chamada pública PRODECINE 04, linha de complementação de recursos para produção cinematográfica.

Relatório de Gestão 2016 é aprovado

Na primeira parte da reunião, o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, apresentou aos novos componentes do Comitê a mecânica, a história e a evolução dos investimentos do FSA.

Na ocasião, foi exposto e aprovado pelo Comitê Gestor o Relatório de Gestão 2016. De acordo com o documento, foram 3.956 projetos inscritos em todas as linhas do FSA no ano passado. Desses, 619 foram selecionados e 581 já foram contratados.

“O FSA consolidou-se como principal suporte ao financiamento do audiovisual e já é uma referência internacional em políticas públicas, refletindo o amadurecimento do  audiovisual brasileiro. Tivemos bom desempenho no último ano com aperfeiçoamento dos processos e dos projetos. O resultado é o crescimento contínuo e acelerado do setor, mesmo em meio à crise do país. O que se espera para 2017 é o equilíbrio na composição do Fundo e o avanço em novas ações”, avalia Manoel Rangel.

A reunião do Comitê Gestor foi presidida por João Batista de Andrade, Secretário-Executivo do Ministério da Cultura (MinC), e secretariada por Manoel Rangel,  diretor-presidente da Ancine, na qualidade de Secretaria Executiva do FSA. A reunião contou com a presença dos membros do Comitê Gestor do FSA: Mariana Ribas, Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura; Pedro Augusto Machado, representante da Casa Civil da Presidência da República; Luciane Gorgulho, representante do BNDES, agente financeiro credenciado; André Klotzel, Mariza Leão, Roberto Moreira, Adhemar de Oliveira e Carla Francine, representantes do setor audiovisual;  e dos diretores da ANCINE, Roberto Lima e Debora Ivanov,  além de diversos servidores do corpo técnico da Agência. Os representantes do setor audiovisual no Comitê Gestor têm mandato até fevereiro de 2019, sendo possível uma recondução.

 

Notícias relacionadas